Tenho aprendido com o tempo que a beleza da vida encontra-se incerta nas trivialidades do cotidiano.
As superficialidades dos relacionamentos, a fugacidade dos sentimentos, a supervalorização do “ter” e o subjetivismo extremo do “ser” têm me colocado diante do dilema que maltrata nossa juventude – o que vale a pena ser nos dias de hoje.
Pode até parecer um complexo reprimido da minha juventude, mas penso não ser isso, não!
Muito mais do que uma pergunta que nos fazemos à época de escolhermos nossas profissões, trata-se, na verdade e ao meu sentir, de alta indagação que deve fazer parte da nossa vida e se fazer presente também rotineiramente nas manhãs que se inauguram em nossas vidas.
No dia de hoje fui instigado por diversas vezes sobre a tendência do humano em optar pelo ter ao invés do ser, inclusive, um amigo/parceiro que ganhei ao longo dos últimos tempos escreveu sobre essa dicotomia que hoje se vive.
O “ser” nos dias atuais tem sido tratado como característica secundária da personalidade e em seu lugar o “ter” ocupa o local de destaque.
Mas ao final desse dia, depois de uma longa tarde defendendo interesses alheios – claro, sou advogado – como num estalo de lucidez entendi, quase que de forma definitiva, que a essência do “ser” está intimamente ligada à figura do Sagrado que permeia minha vida.
Padre Zezinho outrora nos falou dessa tal “paz inquieta” e que hoje os meninos do Rosa de Saron vieram atualizar com sua “rara calma”. Essa é a essência do “ser” que hoje não se encontra mais em abundância como antigamente achávamos por aí.
Eu vou optar por não terminar de escrever sobre essa dicotomia nesse dia de hoje porque quero amanhã poder degustar um pouco mais esse calhamaço de sentimentos e dúvidas que se insurgiram contra a minha paz hoje.
Se não fizer sentido a quem lê, peço desculpas... porque para mim as coisas começam a se encaixar!
Boa noite povo!!!
Até mais ver...
E que tenhamos a capacidade de discernir, já no dia de amanhã, o que significa o “SER” para nós... quem sabe assim muita coisa passe a se conformar e a receber o sentido que sempre fez por merecer!
3 comentários:
Belíssima postagem pra terminar a noite e seguir refletindo sobre o real sentido da vida!
Querido amigo/parceiro, faço minhas as tuas palavras. Dessa paz inquieta quero ir a rara calma. Somos caminheiro de um mundo no qual não queremos ficar passivos, mas queremos ir às fronteiras dele. Ser alternativo é ir além!
Obrigado por suas palavras no finalzinho dessa noite. É bom saber que não caminho só... rs
ps.: Amo essa música do Rosa.
Uaaaaaaaaau!
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