“Eu me experimento inacabado. Da obra, o rascunho. Do gesto, o que não termina.
Sou como o rio em processo de vir a ser. A confluência de outras águas e o encontro com filhos de outras nascentes o tornam outro. O rio é a mistura de pequenos encontros. Eu sou feito de águas, muitas águas. Também recebo afluentes e com eles me transformo.
Melhor mesmo é continuar na esperança de confluências futuras. Viver para sorver os novos rios que virão.
Eu sou inacabado. Preciso continuar.
Se a mim for concedido o direito de pausas repositoras, então já anuncio que eu continuo na vida. A trama de minha criatividade depende deste contraste, deste inacabado que há em mim. Um dia sou multidão; no outro sou solidão. Não quero ser multidão todo dia. Num dia experimento o frescor da amizade; no outro a febre que me faz querer ser só. Eu sou assim. Sem culpas”.
Gosto da dinâmica da minha vida. Apesar dos erros e tropeços, das dores tão doídas e das poucas alegrias, sempre há algo que me faz crer que a vida é valiosa e vale muito a pena ser vivida.
Tenho tido a oportunidade de conviver com pessoas que possuem dons maravilhosos. Elas me acordam para o que tenho de melhor... elas me fazem perceber o que sou de verdade, como num espelho que reflete fielmente aquilo que sou e que tenho. Minhas misérias e minhas riquezas.
Pode até parecer um devaneio de minha parte... mas é verdade. Já pude experimentar da dor mais doída do mundo à alegria mais revigorante e hoje consigo, ainda que titubeante, bater no peito, erguer a cabeça e dizer com propriedade que é a felicidade que move esse mundão de meu Deus!
Confesso que não posso dizer que sou Feliz (com “efe” maiúsculo) porque descobri que a partida do meu pai ainda não foi internalizada por mim... e sendo assim, eu creio que começo agora a passar pelo difícil processo de internalização dessa ausência... dessa dor tão doída.
Mas essas dores que me fazem ficar com as vistas escuras para a beleza que o mundo oferta, são muito mais fáceis de serem experimentadas porque tenho mãos e ombros amigos para que eu me escore quando não mais conseguir caminhar sozinho.
E assim sendo, mesmo com os erros e tropeços, das dores tão doídas e das alegrias vividas eu tenho de me curvar, ainda que seja apenas referente ao dia de hoje e dizer que a vida me encanta de sobremaneira.
Que saibamos retirar de nossa rotina aquilo que é belo aos olhos do Pai e assumir como projeto de vida a alegria de ser feliz ao lado Daqueles que conseguem fazer a diferença.
Tô de volta a usar esse espaço!
Obregadooooooooooo
Ah... e o aniversário ta chegandoooo! hahuahuahu